Conheci uma jovem, jovenzinha mesmo de uns 17 anos que gosta de conversar com pessoas mais velhas, que se interessa.
Eu estava em uma sorveteria, e com 58 anos de idade, era a caçula da mesa.
Decio, o marido, com seus saudaveis 65, e minha mae com igualmente saudaveis 84.
Aproximou se então, EDUARDA FERREIRA, imagino que com uns 17 anos e com educação, simpatia, perguntou se podia sentar se conosco.
Tagarela, simpatica, interessou se por nossas historias de São Paulo.
Fez perguntas, riu com nossas historias, falou do sonho de morar mesmo que seja por um tempo em SP (mora em Brusque)
Trocamos ideias rapidas sobre teatro, musica
Conceitos de moda, posturas e vida.
Tudo sempre com muito humor.
Falei do Bom Retiro que conheci nos anos 70, ela falou do susto quando viu a cracolandia quando foi á sala São Paulo.
E não foi só o susto. Fez intervenções precisas e sensiveis, sobre a proximidade e contrastes dos dois mundos.
Achei engraçado ela, com sua idade contar que quando está deprimida gosta de ouvir "Porto Solidão" do Jessé. Gosta do Fagner.
Contei as historias de como duas das camisas que ele usa nas fotos das capas de seus dois discos mais vendidos, foram presentes da minha irmã Liliana.
Contei das proezas em auditorio da Hebe Camargo, de quando fomos convidadas para sentar em seu sofa
Ela adorando as historias e entre risos, perguntando:" voces estão com tempo?"
Ficamos "amigas de facebook"
Muito bom não só falar para ela, mas acima de tudo, ouvi-la falar de planos, do acha superfluo e do que realmente conta.
Linda, já no estilo '' normancore",encheu a sorveteria de graça e nós, seus ouvintes, de esperanças.
Tem coisa boa na geração que está vindo.
Sempre tem. Que bom.
