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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

GRANDE AMIGA. SAUDADES

5 MESES
Desde que me casei, sempre tive cachorros em casa. E a medida que fui convivendo com eles, mais fui me encantando .
Inteligentes, amáveis e amigos. Que mais poderia dizer sobre eles?
Há duas semanas atras, morreu Judy.
Uma Husky siberiana linda,  educada e elegante, que estava conosco há11 anos.
Saimos á noite e a deixamos em casa saudável.
Ao voltarmos, ela estava morta. Atônitos, sem entender como e porque, o Decio encontrou um sapo enorme, que ela havia matado.
Não sei como ele chegou por aqui. Minha casa tem muro alto.
Nem sabia que sapo tinha veneno tão letal assim.
Eu e o Decio choramos muito, muito.
Para quem não gosta de cachorro e não entende: uma dor real, grande, verdadeira, como se tivesse morrido um parente querido.
POSANDO NA CAMA
Dessa dor que demora a passar, que voce sente o coração apertado literalmente.
Chegar em casa e achar a casa vazia, triste, feia.
Judy foi um presente de meu primo Luiz Arnaldo, que ao ver no canil, aquele filhote lindo, levou para seu apto em SP.
Não deu. Husky e apto não combinam...
Sabendo o quanto eu e Decio gostavamos de cachorros, ele nos deu de presente.
Judy, era uma cachorra "na dela". Acho que bem tipico da raça, não latia, uivava as vezes.
Classuda, impunha-se perante os outros cães, era dona do pedaço.
Não abocanhava nada, nem pedaços de carne. Tudo em pedacinhos pequenos que ela mesma dividia. Delicada, batia com a pata na vasilha de ração, espalhava e ia pegando a ração uma a uma.

A UM ANO ATRAS
Comia devagar. Não tinha lances estabanados, pular no colo, derrubar coisas. Chegava devagar, mansa.
Olhos azuis, por isso eu a chamava de Ana Paula Arósio.
Comigo ela tinha um bom relacionamento e só.
A paixão dela era o Decio. Cantava qdo ele chegava, fazia festas e dengos para ele.
Ciumenta, se me via abraçada com Decio, sempre achava um jeito de nos separar e depois me olhar com olhar de vitoria. Eu achava a maior graça.
Ela tinha classe. Uma lady. Eu costumava dizer para Rosana, minha amiga, que eu queria ter na vida a postura da Judy.
Se impor sem muita coisa. Só a presença e postura.
Para nós Judy virou adjetivo. "Ser Judy". "Estar Judy" .
Histórias de meus cães. Fotos da Judy, que eu chamava de "minha linda".
Minha amiga. Saudades

2 comentários:

  1. Chorando ainda...pela Judy, por vcs, pela Nina, por minha mãe que também ta sofrendo, vc sabe.
    Esta dor é inexplicável, é um vazio. E é uma dor um tanto solitária, a maioria das pessoas ainda não entende, não tem sensibilidade nem para respeitar que para nós, a vida dos animais tem tamanha importância e fazem piadas ou usam de sarcasmo. Quando o ser humano aprenderá a respeitar, ao menos?
    Sinto muito pela perda da Judy. E vamos em frente porque tantos outros anjos precisam de nosso amor.
    Bjs, com muito carinho.

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  2. Picida, que história linda! Sinto muito pela sua perda. Imagino o vazio que vocês devem estar sentindo.
    A perda de um cão é como a de um filho. O "atenuante" é que pelo fato deles viverem menos nós nos preparamos para isso. Enquanto a perda do filho humano é antinatural. Mas a dor é a mesma.
    Beijos.

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