Páginas

segunda-feira, 30 de julho de 2012

FELICIDADE



O novo programa do Bial "Na Moral" debateu nessa semana o que seria FELICIDADE.
Nunca se falou tanto sobre isso, e talvez ela nunca esteve tão distante das pessoas como agora.
Porque nessa era, de TER e PARECER , as cobranças são maiores e as frustaçãoes acabam sendo proporcionais.
Estão aí as estatísticas sobre o numero cada vez maior de deprimidos, os consultórios terapeuticos lotados, os livros de auto ajuda e os anti depressivos vendendo aos montes .
Todos buscando seu caminho para serem felizes.
Há um tempo atras, o FANTASTICO tambem apresentou uma materia sobre o tema.
Na matéria eles mostraram como um momento de verdadeira felicidade, uma mãe, catadora de lixo, cujo filho, as duras penas, conseguiu entrar numa faculdade federal para cursar Biomédicas.
 Fiquei emocionada.
 Ela falava da sua luta, de seu orgulho. O filho só estudou em colégio de estado, era negro e muito pobre e não precisou da ajuda da tão polemica "cota".
Ela estava feliz.
 Ao perguntarem para um garoto, cerca de 10 anos o que seria felicidade para ele, sua resposta foi ter um irmãozinho.
 Já uma garota, com a mesma idade, disse que para ela felicidade seria passar um dia inteiro fazendo compras no shopping.
Será que ela tem salvação???
Então, pensei em alguns momentos de felicidades meus.
Sei lá, chego até a achar meio esquisito.
Assim como a medicina afirma que existe possibilidade genética de o individuo ter propensão para ser deprimido, deve haver gens para otimismo, felicidade, só que a ciencia não se preocupa com eles, porque disso ninguem reclama né?
Devo fazer parte desse segundo grupo.
Tenho momentos de felicidades com coisas tão pequenas, que para muita gente deve parecer bobeira.
Sei lá, acordar e espreguiçar devagar, gostoso, num lençol macio, rolando na cama pra lá e pra cá, dá uma sensação boa de felicidade mesmo.
Preparar café para o Decio, enquanto ele assiste a F1, torcendo como um corintiano em  jogo de decisão, é felicidade.
Há um tempo atrás fomos de carro para Tabatinga, ouvindo boa MPB , sentamos no banco da  pracinha, conversando sobre tudo.
Às vezes um selinho, algumas risadas.
Então, se aproximou da gente um homem,  acho que ele estava meio "alto", mas não bebado de trançar as pernas.
Estendeu a mão em nossa direção para nos cumprimentar, dizendo "Parabéns, vejo que voces se dão muito bem.."
  Sorrimos, agradecemos, mas nos perguntamos: "de onde ele tirou isso"/
Talvez o fato de não ser muito comum, um casal de nossa idade, namorar assim, num banco de jardim?
Não sei…Tenho amigas que dizem que se não tiverem dinheiro, nem saem de casa.
Dinheiro ajuda, claro, não sou doida nem nada, ah! mas se tenho que me divertir, sei fazer isso sem ele, e tenho o dom de dar valor para cada bom momento, por mais simples que ele seja.
Se ele for bom, não esqueço dele nunca mais.
È desse bom momento que vou lembrar quando as coisas estiverem difíceis.
E é da soma desses momentos bons e simples que faço minha receita de felicidade.

3 comentários:

  1. Ai, ai... Banco da praça, selinho, música, cumplicidade... Picidinha, tão bom quando nos bastamos assim... Você não tem noção de como gostei de ler seu post. Escreva mais, mais, mais! Inclusive dê esses depoimentos lindos lá no blog!

    Beijocas!

    ResponderExcluir
  2. Muuuuuuuito legal, eu tb sou muito feliz, graças a Deus tb pertenço ao 2º grupo.
    bjs , Zé

    ResponderExcluir