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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

PERGUNTAS E RESPOSTAS

Conversar com o JR, irmão do Decio, sempre é muito interessante, ao mesmo tempo é divertido.
Porque ele é uma pessoa especial, e qualquer dia desses, falo mais sobre ele, mas hoje ficam as perguntas que ele me fez, assim, casualmente, durante nossas conversas.
Perguntas simples, pertinentes, que me fizeram titubear nas respostas.
Não conseguí responder de imediato.
Sabe quando alguém faz uma pergunta e te acerta?
Falando sobre como ele gostava de viajar, descobrir coisas novas, mundos novos, concluiu, dizendo que descobrir o NOVO era o que mais gostava da vida.

1. “E você, Picida, o que você mais gosta da vida?”
Tempo para pensar…
Resposta: o que mais gosto, são PESSOAS.
Os seres humanos, suas vidas, suas histórias e vou me explicando…
Ele observa: “Então, você deve adorar ler biografias”.
Verdade. Adoro. È o que mais me fascina na vida. Saber das histórias passa-las para adiante, comentá-las, rememorá-las. .
Vendo meu entusiasmo em falar sobre os últimos CDs que eu havia comprado (Marvin Gaye, Nat King Cole, Jhonny Mathis, Jhonny Rivers, e tantos outros contemporâneos), fingiu um certo interesse, e perguntou:
2. “Picida, qual foi a última música que você decorou?
Qual é a música mais recente que você sabe cantar inteira, não vale regravações?”.
Engasguei. Qual mesmo???
Noossa! Adriana Calcanhoto cantando “Devolva-me” da Jovem Guarda não vale e até essa regravação está antiga.
Tive que forçar a memória e o máximo que consegui consegui, foi cantarolar Ivete Sangalo, “Se eu não te amasse tanto assim” que não é assim, digamos, um lançamento.
Ah! E tem Marisa Monte: "Ainda bem, que agora encontrei vc.."
Preciso rever algumas coisas. Essa dificuldade em colocar o novo na minha vida é meio esquisito, essa história de exaltar o passado pode estar meio fora de lugar.
Acho que vou decorar " Eu quero Tchu,eu quero tcha"
Quando, empolgada, eu relembrei dos tempos que morei em SP, dos tempos que morei em Bragança Paulista, ele sacou da pergunta :
3.“E de agora, do que você vai ter saudades?”
Hããã… Como assim???
Porque é muito importante essa resposta, diz tudo sobre o que você acha da vida que vive agora.
Primeiro, pensei que não teria nada para ter saudades, e vi que se isso fôr uma verdade, eu estaria desperdiçando a vida .
Preciso rever posições. Preciso reavaliar situações.
Não é beeem assim…
Tenho minha família, meu lar, um amor, meus cães, tanta coisa boa.
Preciso parar de pensar que só SP pode ser bom, que por ter voltado para cá, fracassei.
Preciso encontrar o caminho para lidar com isso.
Viver minha vida,
Criar minha história,
Valorizando o passado, sem esquecer o presente, que ele é o que vou ter para contar amanhã.

2 comentários:

  1. Amei o texto! Você sintetizou em palavras coisas que viviam rodando na minha mente!Grande abraço

    Cirléia Simões

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  2. Hehehe... devia ser proibido alguém nos fazer este tipo de perguntas, nos faz pensar exatamente isso, que de alguma maneira não estamos vivendo o agora com entusiasmo, alguma coisa está faltando, os "velhos bons tempos" não podem ser coisas de (hoje) 40 anos atrás, e amanhã de 50 ou 60, alguma coisa boa temos que tirar do agora.

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