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domingo, 18 de novembro de 2012

CLASSICO E TRADICIONAL. COMO EU VEJO...

Alguns e especiais blogueiros, atendendo a um pedido meu escreveram sobre ‘CLÁSSICO E TRADICIONAL”.

Visões espertas e bem escritas.
E eu? O que penso sobre clássico e tradicional?
Como sou um tanto nostálgica, tenho dificuldade em fazer essa sintonia fina.
As vezes, pode ser que não sejam nem clássicos, nem tradicionais, e só saudades.
Vamos a uma avaliação parcial e pessoal.
Clássico fica sendo, o que atravessa tempo, gerações,
Tradicional é o que vira hábito, costume, e segue.
Nem sempre de forma espontânea. Pode ser até imposta: “ sempre se fez assim”.
Mas tudo é muito interessante, sob o aspecto de história.
História do mundo, histórias de vida. Histórias.
No programa”Café Filosófico” da TV Cultura de SP, um filósofo disse que essa geração e as futuras, não terão clássicos, não terão nostalgia, que tudo passa tão rápido, que não dá tempo de marcar nada. Não terão lembranças.
O que dos dias de hoje poderá vir a ser clássico, tradicional? 
Clássico é uma beleza Grace Kelly , sensualidade Marilyn Monroe, estilo e elegância Audrey Hepburn. E Paul Newman. Lindo forever
Na moda, um pretinho básico, colar de perolas, salto alto fino, serão para sempre.
E á despeito de modismos, tons nude, laranja, o que fica valendo é um bom batom vermelho. Sempre.
Na musica, esbanjando obviedade: Beatles. Elvis.
Roberto Carlos será para sempre, podem acreditar.
Na comida, nosso arroz com feijão tão tradicional, já não ocupa lugar de destaque.
Perde espaço para todos tipos de guloseimas, que vieram de todos os lugares.
Ficará nosso arroz/feijão, bife e batata frita do dia a dia?
Gerações futuras, falarão de Harry Potter, Senhor dos Anéis? Acho que sim.
Avatar?
Como avaliar? Vejo Charles Chaplin perdendo lugar na história…
E romances, livros e filmes de amor, tipo “O Vento Levou…” (Assisto sempre que posso.)
Novos estilos de musica, de roupas, de comportamento, de moda.
Novos hábitos , tudo novo sempre, á cada minuto.
Perfumes, por exemplo, eram para sempre.
As famosas gotas do perfume Channel numero 5. Um clássico?
Desde que casei uso o perfume Paris de Yves Saint Laureant.
A primeira vez que comprei, foi sugestão do Decio, que sentiu o perfume em uma colega de trabalho, gostou, trouxe o nome marcado em um pedaço de papel.
Na era pré liberação dos importados, foi uma dificuldade encontrar, e quando encontrei era caro, muito caro.
Hoje nem tanto…
O uso do perfume era restrito á ocasiões especiais, momentos especiais.
Um dia desses, ao cumprimentar uma simpática senhora de oitenta e tantos anos, o Decio disse que sentiu esse perfume nela.
Nada contra, pelo contrário. Ela era uma graça, mas se esse era um dos mais marcantes sinais sex appeal que eu tinha, acabou ali.
Agora, é só um bom perfume. Não virou clássico. Ficou velho?
Clássico e tradicional são sinônimos?
Não fico parada no tempo, levo a saudade comigo.
Vou vivendo e levando, assimilando o novo que vale a pena, descartando o que não compensa.
O que ficará tradicional, o tempo dirá .

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