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terça-feira, 20 de novembro de 2012

PERDAS

Nesses últimos dias, tenho pensado muito sobre o real valor da PERDA.
O que de fato é a perda, o tamanho que cada coisa perdida tem para casa um.
È tão vago… ao mesmo tempo tão denso e tão complexo…
Passei a pensar e analisar sobre isso, sem chegar a nenhuma conclusão, pelo contrario. Nada esclarecido, tudo mais confuso.
A maior de toda e qualquer perda: a morte.
Não viverei a incomensurável dor da perda de filhos, por não te-los, mas penso: o que se faz na vida, da vida, depois de uma perda dessas?
Qual o conceito de avaliação que será seguido á partir daí?
Perder um bem material, perder um membro, perder a fala, a visão, sei lá, não fica tudo pequeno? Não fica tudo menor?
As vezes, sofremos perdas tão grandes, que parece que depois delas, o que mais vai importar perder?
Acho que a avaliação real do tamanho e importância da perda, é quando depois dela nada mais importa, tudo parece pequeno.
E quando e qual é o limite de cada um?
Sei de um jovem PROFESSOR em Ibitinga, que claro, somado a outros problemas, talvez depressão, suicidou se depois de perder o EMPREGO.
Aquele foi seu limite.
E de verdade, nos tempos de enchentes a frase mais ouvida nos noticiários: “perdi tudo”. O que é esse TUDO naquele momento?
O casal da Pousada de Angra Reis, que na passagem do ano de 2009/2010 perdeu a única filha e todos os seus bens matérias, a partir daí, o que passa a ter valor na vida?
Acho a partir dai  nada mais importa ter ou perder.
Perder amigos, amores, não no sentido físico, é difícil, mas superável.
Perder dinheiro.
Não aquilo de perder carteira. Perder grana alta.
Ter bens, carros, imóveis e de repente… não ter mais.
Deve ser bem pior que não ter tido nada nunca.
Porque junto com essa perda, segue a perda da autoestima, status, dos conceitos.
Essa perda é difícil mas também superável.
Tudo vai depender do valor real que essa perda terá.
Que importância cada um dá para os bens materiais?
Há pessoas que as supervalorizam e depois não sabem viver sem ou com menos. Se delas for feito o sentido principal da vida, ou então muito importante,#prontodançou#… nada mais resta.
Perder o crédito é terrível, mas reversível.
Perder credibilidade é muito pior.
Eu diria que é para sempre.
Certas coisas não se recuperam nunca mais.
Credibilidade é como virgindade:`Perdeu: acabou.
Perder tempo. Essa é uma perda preciosa. O tempo que passou, esse segundo, esse momento, agora, não se recupera mais.
O cada fazemos com cada tempo, todo o tempo é um grande compromisso humano.
È quando avaliar a perda exige mais sabedoria.
Como usar o tempo para que não seja perdido. Até o tempo sem fazer nada. Só vendo o tempo passar.
Perder a oportunidade. Aquele segundo que ela passa por nossa frente. Montar no cavalo, seguir em frente? Ou melhor não?
A oportunidade nos negócios, nos amores, na vida.
Perder a fome. Preocupações para alguns , sonho de outros (Meu caso)
Perder a memória. O que mais me assusta. Mas certas coisas, melhor esquecer, com certeza.
Perder a esperança. Viver a vida achando que tudo vai ser sempre igual, sem boas perspectivas futuras deve ser uma sensação sufocante de fim.
 Aprender a perder .
A hora de lutar e a hora de desistir… ???
Penso em casos que as perdas foram tão grandes e tão fortes que as demais perdas nem contam mais. Isso deve atrapalhar o critério de avaliação: o que realmente importa?
Pode deixar a sensação que nada vale a pena, para alguns, nem a própria vida.
Que tipo de perda estimula?
De fazer a gente querer mais ou querer tudo de novo?
Vão se os anéis, ficam os dedos?
Estou me lembrando de uma frase ‘O HOMEM É A MEDIDA DAS COISAS”.
Tudo fica do tamanho, da importância que a gente quer.
Cabe a cada um decidir.

Um comentário:

  1. Oi Cida!
    Toda perda é triste, seja ela qual for. E sempre, sempre ficamos mudados após alguma perda. O importante é fazer desta mudança algo que nos permita viver em paz e com sabedoria, apesar da dor. Não podemos guardar sentimentos que nasçam para nos derrubar. Precisamos ter muita força e coragem para resistir a momentos assim. Eu confesso que já assisti a tantas perdas dolorosas que penso que se estivesse no lugar de quem sofreu a perda eu morreria. Mas vejo que todos sobrevivem. Eu já sobrevivi. Então minha querida, é isso tudo que me leva acreditar na existência de uma força superior que chamamos de Deus para permitir que sobrevivamos. Não achas? Que Ele nos abençõe e nos dê força sempre. Um beijo Cida.

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