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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

REENCONTRO

* Texto escrito para LIDIA CRUZ MALASPINA em Dezembro/2009
 
 
 
 
 
Surpresa boa receber comentários da Lídia Cruz Malaspina no meu blog.
Uma amiga que não vejo desde inicio dos anos 70, mas que esteve sempre presente em minhas lembranças, em minhas histórias.
Nunca esqueci sua amizade, sua família.
Seus irmãos Toninho e Bibi, dois dos rapazes mais bonitos da cidade.
Eu tentei bancar o cupido e arranjar o Bibi como namorado para a Sirlei, minha melhor amiga.
Não deu certo, havia uma diferença de idade, ele já um moço, indo para faculdade, ela nem quinze anos…
Lembro me do “Seo” Aristides, seu pai, bem humorado, como trabalhava na prefeitura de Tabatinga, as vezes , ganhava ingressos para circos e parques de diversão que passassem por lá, e me convidava para ir com sua família.
Uma mordomia, um luxo para época.
Os grandes nomes da verdadeira musica sertaneja: Cascatinha e Inhana, Tonico e Tinoco, por aí…
Dona Lídia, sua mãe, de uma educação e gentileza mais séria, mais quieta.
As noites de quinta feira na casa da Dona Latif, para assistir Silvio Santos na TV.
A Dona Lídia, tinha uma cristaleira na sala, onde meus olhos atentos e curiosos ficavam espertos para os copos bonitos, enfeites.
E o mais importante: uma arvore de natal, bem pequena, que ela deixava guardada, já montada, meio que escondida.
Eu espichava os olhos para ver. O Natal era algo tão esperado… e aquele era um sinal que eu recebia o ano todo, de  que ele viria, era só esperar.
E quando chegava o natal, a arvore ia para um lugar de destaque: em cima da cristaleira. Pronto, já era festa!!!
Como esquecer o balde de gelo, que eu ia t-o-d-o-s os dias buscar para meu pai, na hora do almoço. Como esquecer a Lídia, parecidíssima com a mãe, bonita e quieta, sempre sensata.
Que me levou ao colégio, então ginásio pela primeira vez, primeiro baton, primeiro esmalte.
Brincadeiras na rua de queimada, e tentativa de andar de bicicleta. Eu nunca aprendi.
Depois quando distanciamos a convivência, ela estudando de manhã, eu á tarde, descobrimos que sentávamos na mesma carteira na escola, trocavamos bilhetes.
 Eu deixava um bilhete preso embaixo da mesa, ela respondia. Seria nosso MSN, mas muito mais legal.
Ela se casou, eu me mudei, nunca mais nos vimos
Esse reencontro e os demais com meus contemporaneos de Tabatinga, devo ao Osmar Malaspina, outra figura inesquecivel, que me "achou" na internet
Para a Lidia, todo carinho de momentos bons vividos.
Momentos bons, que sempre tive na melhor das lembranças.
Ficaram. E foi para sempre. 

Um comentário:

  1. Recordações...vizinhança, brincadeiras de rua, conversas animadas, bicicleta masculina (era alta pra mim, vivia com o osso da bacia roxo).Torno a repetir, sua memória é fabulosa e muito me emocionam suas palavras carinhosas. Saiba que a árvore de Natal ainda está lá no mesmo lugar guardadinha, detalhe: minha mãe ganhou do meu avô. Beijos carinhos.

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